Galiza: 8 DE MARÇO: VIVA O DÍA INTERNACIONAL DA MULHER TRABALHADORA! (Galiza Vermelha)

 

Em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro na Rúsia), no contexto da IGM e aproveitando a celebraçom do Dia Internacional da Mulher, as mulheres obreiras das fábricas textís de Petrogrado declaram-se em greve, saindo às ruas em manifestaçom por pam e paz.

Esta greve, secundada polo partido bolchevique, marcou o início da Revoluçom de Fevereiro na Rúsia. Em palavras de A. Kollontai: “O dia das obreiras, 8 de março, foi umha data memorável na história. Esse dia as mulheres russas erguérom o facho da revoluçom.”

Até aquele acontecemento histórico a celebraçom do Dia Internacional da Mulher nom tinha marcada umha data fixa mas, após a Revoluçom de Outubro, Alexandra Kollontai (Comisária do Povo para a Asistência Pública) conseguiu que se considera-se festa oficial na URSS.

A ideia da liberaçom da mulher nasceu no seio do movimento comunista, desde Marx e Engels até Zetkin ou Kollontai. A celebraçom do Dia Internacional da Mulher tem origem na II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas (Copenhage, 28 de agosto de 1910), órgao adscrito á Internacional Comunista.

Após a celebraçom do Dia da Mulher nos EUA pola Uniom Socialista das Mulheres (adscrita ao Partido Socialista) em 28 de fevereiro de 1909, as delegadas americanas na Conferência de Copenhage levam a proposta de que a celebraçom seja asumida pola Internacional. Assi, Clara Zetkin junto com Käte Duncker e outras companheiras aceitam a proposta e redatam a Proclamaçom do Dia Internacional da Mulher. A primeira celebraçom do Dia Socialista das Mulheres ocorreu em Alemanha, Aústria,Dinamarca e Suiza o 19 de março de 1911, por decissom da Secretaria da Mulher Socialista (órgao da Internacional). A data foi proposta por A. Kollontai. Nos EUA continuou a tradiçom de celebra-lo no último domingo de fevereiro em 1911, 1912 e 1913. Em 1914 celebra-se em 19 de março, seguindo a indicaçom de A. Kollontai. Também em 1914, pola primeira vez, em Alemanha, Clara Zetkin e as mulheres socialistas marcam a data para o 8 de março, data escolhida também pola mulheres de Suecia e Rúsia.

Hoje, é um feito que o movimento feminista (incluido o galego) tem ocultado a verdadeira origem do 8 Março como Dia da Mulher Trabalhadora. O motivo desta ocultaçom é o caráter burguês da ideologia deste movimento.

O falso radicalismo do movimento feminista deixa as mulheres operárias sem a arma primária da revoluçom proletária, sem a consciência da sua existência social como parte do sujeito histórico que é o proletariado.

Deslindar terreno com o revisionismo obriga às mulheres operárias e camponesas dos países do centro imperialista a separar-se dum movimento feminista que de fato é um instrumento da burguesia.

A autêntica emancipaçom das mulheres operárias e camponesas, igual que a emancipaçom dos homens operários e camponeses, só será possível coa ditadura do proletariado numha sociedade socialista.

O combate das mulheres contra o velho Estado e o latifúndio na Índia e outras partes do mundo, é um combate presente e mais que necessário. As Guerras Populares no mundo levam hoje às mulheres a ser parte decisória, levam às mulheres revolucionárias a ser a verdadeira soluçom.

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